Sartre estava certo quando disse que o inferno são os outros. Já vivenciei, na prática, sua teoria. Foram apenas alguns minutos, mas pareceu uma eternidade. Fiquei preso no inferno feminino, refém da menstruação.
Tudo estava tranqüilo e sereno naquela sala. O computador, a mesa, os livros e a cadeira pareciam entrar em perfeita harmonia com o silêncio fúnebre do recinto. Eis que elas entram. Do abismo, queimando, surgem as emissárias do meu tormento. Em meio a sacolas e vozes agudas, o assunto ganha corpo. Absorvente interno ou externo? Eis a questão. Um tema polêmico que talvez nem Shakespeare conseguisse dimensionar.
Loira, ruiva e morena discutem, empolgadamente, as benesses e os desprazeres de se usar um absorvente interno. A morena, indignada, quer mudar de vida. Quer se libertar das amarras do absorvente externo. Não deseja mais ser vítima de vazamentos e incômodos cada vez que se levanta da cadeira. Aparentemente, ela não é sempre livre. Ao contrário, é prisioneira de seu próprio corpo. Sim, o problema era o corpo. As amigas tentavam ajudar. “Eu só uso o.b., é bem mais prático”. “Eu sei, mas eu não consigo, tenho problemas com o ‘relaxe e introduza’”, declarava, apreensiva. Eu tremi. Não esperava que chegassem tão longe. Entretanto, algo de místico, uma curiosidade mórbida e um certo instinto masoquista me prendiam àquela sala.
Abriram a caixa e retiraram o manual. Obviamente, eu não estava olhando, ouvir já era o bastante. Após a leitura completa das instruções, não restaram dúvidas quanto à dificuldade da morena. “Tá escrito aqui, ó, tu tem que relaxar e introduzir, é fácil”. Cheguei a sentir seus lábios tremerem e os batimentos acelerarem-se. Mas ela estava determinada. Iria relaxar. Conseguiria introduzir. As amigas sentiam-se felizes pela coragem dela. Ao chegar em casa, todos os seus problemas estariam menores frente ao grande obstáculo vencido. A menstruação seria enfim dominada.
No outro dia, na mesma sala, ela estava mais feliz. Já não era tão desconfiada. O brilho em seu olhar era evidente. Até a bolsa parecera diminuir de tamanho. Seria a falta do absorvente? Não se sabe. Nunca mais ousei tocar no assunto.
Tudo estava tranqüilo e sereno naquela sala. O computador, a mesa, os livros e a cadeira pareciam entrar em perfeita harmonia com o silêncio fúnebre do recinto. Eis que elas entram. Do abismo, queimando, surgem as emissárias do meu tormento. Em meio a sacolas e vozes agudas, o assunto ganha corpo. Absorvente interno ou externo? Eis a questão. Um tema polêmico que talvez nem Shakespeare conseguisse dimensionar.
Loira, ruiva e morena discutem, empolgadamente, as benesses e os desprazeres de se usar um absorvente interno. A morena, indignada, quer mudar de vida. Quer se libertar das amarras do absorvente externo. Não deseja mais ser vítima de vazamentos e incômodos cada vez que se levanta da cadeira. Aparentemente, ela não é sempre livre. Ao contrário, é prisioneira de seu próprio corpo. Sim, o problema era o corpo. As amigas tentavam ajudar. “Eu só uso o.b., é bem mais prático”. “Eu sei, mas eu não consigo, tenho problemas com o ‘relaxe e introduza’”, declarava, apreensiva. Eu tremi. Não esperava que chegassem tão longe. Entretanto, algo de místico, uma curiosidade mórbida e um certo instinto masoquista me prendiam àquela sala.
Abriram a caixa e retiraram o manual. Obviamente, eu não estava olhando, ouvir já era o bastante. Após a leitura completa das instruções, não restaram dúvidas quanto à dificuldade da morena. “Tá escrito aqui, ó, tu tem que relaxar e introduzir, é fácil”. Cheguei a sentir seus lábios tremerem e os batimentos acelerarem-se. Mas ela estava determinada. Iria relaxar. Conseguiria introduzir. As amigas sentiam-se felizes pela coragem dela. Ao chegar em casa, todos os seus problemas estariam menores frente ao grande obstáculo vencido. A menstruação seria enfim dominada.
No outro dia, na mesma sala, ela estava mais feliz. Já não era tão desconfiada. O brilho em seu olhar era evidente. Até a bolsa parecera diminuir de tamanho. Seria a falta do absorvente? Não se sabe. Nunca mais ousei tocar no assunto.
13 comentários:
Huahuahua
Agora quero saber quem foram tuas inspirações. Imagino quem sejam, o que tornou o texto ainda mais engraçado pra mim.
Muito bom!
uhaahuahuahuahuahuahuahuahahahaa
to rindo sozinha!! uphauahoahaoha
nao acredito que tu presenciou isso!! meeeeeeu deus
sem dúvida cena merecedora de um texto!!
muito bom!
beijos
Huahuahauuauauhhua!
Ahhhh... muito bom... agora vocês, homens, aprenderam um pouco do sofrimento do ser feminino!!
E o relaxe e introduza é bem complicado! hauhauauahuahuuha
Muito engraçado... tive controlar risadas! É o problema de usar a internet de lugares públicos!!
Beijos, Sammy! Muito bom ver o filme contigo!
Meus Deus... E o nível?!
hahahahha...
Parabéns... O complicado é "imaginar" a cena. Embora eu mesma me pergunte se seja "complicado". hahahahaha...
Abraços.
Adorei a foto!
isso certamente fez uma grande diferença na vida dela =]
espera só até descobrirem a chapinha q não estraga na chuva
curti =)
samir e suas aventuras no universo feminino! q momento hein!
bem sacado o texto!
atualizei meu blog! de forma meio "tosca", mas tá lá!
beijoo!
heueheueheueheuehehe
muito bom!
e esse comentário da liza hein, que safadeza! "quais lábios"... hahauahauahaahua
falou
a expectativa era grande em cima desse texto mas eu achei muuuuito engraçado!! (e muito bem escrito de verdade)
e a liza chutou o balde total.. huaehuuhauh
falow
Finalmeeeeenteee li o tãooo comentado texto (e o tão falado comentário da Liza! Liza?? Eu não sabia que estes pensamentos passavam pela tua cabeça!! hahaha)
Muito bom, Samir! Muito mesmo!
E que repercussão, hein!!!
hehehe
bjsss
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