quinta-feira, 6 de março de 2008

Prima sapeca

__________________________________
Brevíssimo retrospecto

Como se sabe, ultimamente a América do Sul tem vivido dias atípicos. A incoerência e a falta de sensibilidade de alguns líderes na região fazem com que uma situação escabrosa se esboce no continente: a iminência de uma guerra.

A resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) não acalmou o ânimo dos hermanos vizinhos. O presidente do Equador, Rafael Correa, não se contentou apenas com uma recriminação verbal da OEA à Colômbia e afirma que fará de tudo para ver o país nos bancos de Haia, o tribunal internacional.

Mas quem começou essa encrenca toda foi a própria Colômbia, que realizou operações militares em território equatoriano. E a coisa desandou de vez quando o presidente venezuelano Hugo Chávez se intrometeu, apoiando o Equador e mobilizando tropas na fronteira com a Colômbia.

_______________________________

É, o clima aqui não está dos melhores. E eu fico cada dia mais apreensivo ao ver as manchetes dos jornais. Só o que se lê sobre o assunto são declarações furiosas e nocivas à paz.

Paz, essa coisa tão afeita ao desenvolvimento dos povos e ao bem-estar social. Uma palavra em extinção em algumas regiões do globo e na mente de alguns governantes estrangeiros. E, agora, seu antônimo vem bater às portas da vizinhança, numa terrível visita de mau gosto. E sem avisar, ainda! Quanta falta de educação a dessa tal de Guerra! Alguém deveria ensinar a essa prima sapeca e distante da Paz que é muito feio brincar de soldadinho no quintal do próximo. Que é igualmente condenável fazer acusações sérias com uma arrogante leviandade.

Essa Guerra é mesmo uma menina levada. Levada pelos loucos e tiranos (ou aprendizes de) para além das paragens do sofrimento e da miséria humana. Inimiga mortal de sua prima, ela estraçalha nações e deixa seqüelas eternas por onde passa. Claro, esperta como só ela, também favorece setores de peso como a economia militar e a indústria bélica. Mas isso a malandrinha não conta. Ela não diz, mas saem fofocas de que países como Rússia e Estados Unidos lucram bilhões com a venda de armas. Coitada, afinal ela também precisa ter alguma fonte de renda, né? Não pode viver só de ar, digo, de sangue e de dor. Tem que entrar alguns bilhõezinhos no fim do mês.

Só sei que, caso a crescente incapacidade de coabitar desemboque mesmo num conflito armado internacional, é muito bom que o tio Lula não entre nessa onda. Egoísta e sinceramente falando, eu é que não estou nenhum pouco afim de por a farda camuflada e sair por aí dando tiros em gente. Parafraseando um célebre herói mexicano, e agora, quem poderá nos defender da irracionalidade dessa prima feia da Paz?

4 comentários:

Luana Duarte Fuentefria disse...

Eba! Texto como sempre maravilhoso do Samir pra eu me deliciar!

Êita coisa complicada essa questão de relações humanas. Incompreensível como homens com tanto em comum, países com tantos problemas em comum, entram em discórdia ao invés de trabalharem juntos a favor de soluções e contra os inimigos verdadeiros, verdadeiros causadores dessa adversidade toda (que sabemos quem é). Lutar não significa guerrear. Mas, pelo visto, está-se longe de descobrir isso.
Quanta burrice...

Carolina Tavaniello P. de Morais disse...

As guerras civis parecem não bastar. Querem mais, sempre mais!

Liza Mello disse...

bah, bem bom! gostei do jeito 'infantil' (com muuuitas aspas) que tu escreveu o texto. faz uma brincadeira perspicaz com o fato de guerras serem um negócio idiota.

ah, por breves segundos te imaginei de farda correndo com uma arma na mão pela selva colombiana..q momento...hehe

Liza Mello disse...

meu deus, eu não comentei sobre o fundamental: ATÉ NO DESIGN RUDIMENTAR DO BLOGSPOT TU ARRANJA UM JEITO DE BOTAR FIOS!!! hehe